A queda de cabelo é uma mudança no ciclo capilar que provoca o aumento dos fios na fase da queda. Quando o organismo está saudável cerca de 85% dos fios do couro cabeludo estão crescendo e 15% estão em fase de repouso ou queda. O cabelo tem um ciclo constante sendo que em média um cabelo cresce por volta de 4 anos, entra na fase de repouso por 3 – 5 meses, cai e volta a nascer, completando um ciclo: nascimento…crescimento…repouso…queda…nascimento…, e assim por diante. O número de fios que cai por dia é específico para cada pessoa e pode variar de 100-150 fios. O mais importante é haver percepção da mudança de quantidade de fios, para procurar diagnóstico e tratamento o mais precocemente possível. As causas podem ser genéticas ou adquiridas e os tipos mais comuns de queda de cabelo são a alopécia androgenética (calvície ) , alopécia areata e o eflúvio telógeno e anágeno.
Alopécia androgenética
Afeta pelo menos 50% da população por volta dos 40 anos de idade em homens e uma década mais tarde em mulheres. Os cabelos terminais são substituídos por fios de cabelo mais finos e mais curtos na parte superior do couro cabeludo. O tratamento consiste no uso de vasodilatadores tópicos como o minoxidil 5%, antiandrogênicos e procedimentos como MMP, intradermoterapia, IPCA dentre outros.
Eflúvio telógeno e anágeno
A queda de cabelo nesta situação implica na troca generalizada de fios em todo o couro cabeludo. Na fase aguda, os testes de puxar o cabelo são positivos em todo o couro cabeludo. Queda intensa de cabelos podem ser por várias causas como: pós-parto, interrupção do uso de pílulas anticoncepcionais ou de reposição hormonal, infecções e doenças acompanhadas de febre alta, traumas sicos e/ou emocionais, pós-operatório, doenças da tireóide, deficiências nutricionais (ferro, zinco, vitaminas e proteínas) ou dietas muito restritivas (com ou sem medicamentos). Geralmente a queda de cabelos se inicia 2 a 4 meses após o fator desencadeante. A queda pode ser bastante intensa assustando o paciente que se vê diante de um grande número de fios de cabelos soltos após penteá-los, durante a lavagem ou no travesseiro, ao acordar pela manhã. A doença não se acompanha de nenhum outro sintoma, mas pode estar associada a outras doenças, como a dermatite seborréica que, quando intensa, também pode ser um fator desencadeante do eflúvio telógeno. Normalmente, a queda dos cabelos se resolve espontaneamente em 3 a 6 meses. Se persistir por um período maior do que esse, algum fator não diagnosticado pode estar mantendo o eflúvio ativo. O tratamento consiste na correção das causas, quando forem detectadas deficiências alimentares ou alterações emocionais. Dietas ricas em proteínas e certas vitaminas vão ajudar. Deve-se controlar doenças que estejam associadas. O dermatologista também pode indicar medicamentos para serem aplicados diretamente no couro cabeludo, visando controlar o processo e estimular o crescimento de novos fios. É importante lembrar que a queda ocorre rapidamente mas o crescimento de um novo fio é demorado, crescendo cerca de 1 a 2cm por mês. Por isso, o resultado terapêutico a ser esperado é a volta da queda a um número de até 100 fios por dia. A recuperação e crescimento dos cabelos serão percebidas de forma gradativa